NOSSA SENHORA MARIA ROSA MÍSTICA
Breve histórico da devoção à Rosa Mística
Maria, Mãe de Jesus, é chamada Rosa Mística desde os primeiros séculos do cristianismo.
As Igrejas gregas de Constantinopla celebravam no Sábado da 4 a semana da quaresma,uma festa chamada Acatisto, em louvor à Virgem Maria, em ação de graças por ter protegido a cidade contra três ataques consecutivos dos mulçumanos. E Acatisto é também um hino litúrgico atribuído a S. Germano, patriarca de Constantinopla do ano de 715 a 729. É composto de uma série de contemplações dos mistérios de Maria,evocados por uma antífona e seguido de aclamações, semelhante a uma ladainha.
Neste hino encontramos a seguinte invocação:
“Ó Maria, tu Rosa Mística, da qual nasceu Cristo, qual maravilhoso perfume.”
Jesus Cristo é o perfume de Rosa Mística.
“Desejo que o dia 13 de cada mês seja considerado como Dia
Mariano. Esse dia deve ser precedido de 12 dias de preparação, com
orações especiais.”
“Desejo que o dia 13 de julho de cada ano, seja festejado em honra à Rosa Mística.”
S. Bernardo (1091 – 1153) compôs para Rosa Mística o seguinte poema:
“Ó grande Mãe de Deus, sois aquele belo jardim, em que Deus pôs todas as flores que ornam a Igreja, entre outras a violeta da vossa humildade, o lírio da vossa pureza e a rosa da vossa caridade.”
Do século XVII temos o Padre Antônio Vieira, maior intelectual luso brasileiro em 1655 fez um dos mais belos sermões, na presença do Santíssimo Sacramento exposto,em honra a Virgem Rosa Mística:
“No dia em que Cristo nasceu em Belém (que quer dizer casa de pão) apareceu no céu um sol coroado de espigas. E no dia em que a Virgem Santíssima o concebeu em Nazaré (que quer dizer florida) apareceu a aurora do mesmo sol coroada de rosas.”
Portanto, Maria, foi chamada Rosa Mística no instante da concepção de Jesus.
Imagem de Rosa Mística
Uma das primeiras imagens de Nossa Senhora Rosa Mística vem sendo venerada desde 1738 no Santuário de Santa Maria de Rosemberg, da diocese de Spira na Alemanha. E na base desse quadro existem três rosas: uma branca, uma vermelha e uma amarela. Na auréola que circunda a imagem há treze rosas em cada lado.
Maria Rosa Mística é chamada Mãe da Igreja, Mãe do Corpo Místico de Cristo.
Aparições a Pierina Gilli
Pierina Gilli – vidente de Nossa Senhora, nasceu na Itália, em Montichiari, Bréscia, em 3 de agosto de 1911 e faleceu em 12 de janeiro de 1991 com quase 80 anos.Trabalhou como camponesa, na creche municipal, encarregada de serviços da casa paroquial do Pe. José Brochini, como empregada na Casa de Saúde Vila Branca junto das Irmãs de Caridade de Santa Antida Thouret, e no Hospital civil de Desenzano de Garda, durante 4 anos no tempo da guerra).
O Papa Pio XII recebe Pierina Gilli, apresentada como a “vidente de Montichiari”, em audiência particular, e a abençoa e exorta à fidelidade a Virgem Maria dizendo:
“Coragem, filhinha, esforça-te por corresponder da melhor forma a uma graça tão insigne e maravilhosa. Para isso te daremos a nossa especial Bênção Apóstolica.”
1ª Aparição: 24 de novembro de 1946, por volta das 3h – no quarto do Hospital de Montichiari, como Nossa Senhora das Dores, com três espadas cravadas no peito em direção ao coração. E, a Virgem pedia: “Oração, Sacrifício e Penitência”, para reparar os pecados de três categorias de almas consagradas a Deus: 1)Por aqueles que traem a Deus; 2) Para reparação dos pecados mortais dessas almas; 3)Para reparar a traição dos sacerdotes que se tornaram indignos de exercer seus ministério.
2ª Aparição: No dia 01 de junho de 1947, por volta das 3:15h, Pierina é acordada por Nossa Senhora, novamente como a Virgem das Dores, que lhe fala:“Em cada comunidade deve existir três irmãs que se ofereçam como “rosas místicas”:
A 1ª Aparição de Nossa Senhora com as Três rosas no peito: 13 de julho de 1947.
1)Rosa branca, isto é, que possua espírito de oração, para reparar as ofensas causadas ao Senhor Jesus pelos religiosos que traem sua vocação.
2)Rosa vermelha,isto é, que possua o espírito de sacrifício, para reparar as ofensas causadas ao Senhor Jesus pelos
religiosos que vivem em pecado mortal;
3) Rosa amarela, isto é, que possua espírito de imolação total, para reparar as ofensas causadas ao Senhor Jesus pelos sacerdotes -judas e de modo especial pela santificação do clero.
Estas três rosas substituem as três espadas que estão cravadas nos Sagrados Corações de Jesus e de Maria.”
“Eu sou a Mãe de Jesus e a Mãe de todos vós.”
Simbolismo das espadas e das rosas:
1ªespada: simboliza a ruína da vocação sacerdotal e religiosa.
2ª espada: a vida pecamionosa que levam muitos sacerdotes.
3ª espada: a traição de Judas e o ódio contra a Igreja.
Rosa branca: indica o espírito de Oração.
Rosa vermelha: o espírito de Sacrifício e abnegação.
Rosa amarelo-dourada: o espírito de Penitência.
Pedidos de Maria: (Relatamos a seguir algumas das aparições)
Montichiari
Em 22 de outubro de 1947 por volta das 19h, Nossa Senhora convida: “Viva de Amor” de amor a Deus e amor aos homens.
Em 16 de novembro de 1947 na Catedral de Montichiari: “Combatam em toda parte a impureza.”
Em 22 de novembro de 1947: “No dia 8 de dezembro ao Meio-dia, será a Hora da Graça. A Hora da Graça será um evento com grandes e numerosas conversões. Em preparação rezem todos os dias, o Salmo 50 – Miserere, de braços abertos.”
Em 7 de dezembro de 1947, Nossa Senhora reitera o pedido em Fátima, a Consagração ao Imaculado Coração:
“Propague-se nos Institutos religiosos a devoção a Rosa Mística e a Consagração ao meu Imaculado Coração.”
Em 8 de dezembro de 1947: Hora da Graças Universal:
“Sou a Imaculada Conceição. Mãe da Graça, Mãe do meu Divino Filho, Jesus Cristo,desejo ser chamada de Rosa Mística. Desejo que todo ano no dia 8 de dezembro,realize-se a Hora da Graça Universal. Com esta prática serão alcançadas numerosas graças espirituais e corporais.”
Fontanelle
Em 17 de abril de 1966: Maria torna a água da nascente milagrosa, tocando com a mão,a água em dois pontos e mandando que todos acorram a este local.
Em 13 de maio de 1966: “Fonte da Graça”
“Quero que se construa aqui um tanque para imersão dos enfermos e aqui (do lado direito) seja reservado para beber.”
Em 9 de junho de 1966 por volta das 15h – Corpus Christi:
“Gostaria que esse trigo se transformasse em Pão Eucarístico, em muitas Comunhões Reparadoras. Desejo que esse trigo transformado em hóstias, seja levado a Roma (Papa Paulo VI) e, dali, a Fátima, para o dia 13 de outubro. E, desejo que se erga aqui uma estátua virada para a fonte.”
Em 6 de agosto de 1966- Transfiguração do Senhor:
“Os homens continuam a ofender o Senhor. Eis porque desejo a União Mundial da Comunhão Reparadora no dia 13 de outubro de cada ano. È um ato de amor e de gratidão da parte dos filhos para o Senhor.” “Com o trigo que sobrar devem ser feitos pães e, distribuídos aqui na fonte, como lembrança da minha visita. Tudo isso seja uma forma de agradecimento da parte dos filhos que trabalham a terra.”
Em 17 de janeiro de 1971: “Rezai o Santo Terço. Um terço rezado devotamente é um penhor para qualquer intercessão; isto é a contemplação dos mistérios da fé. O Pai Nosso é a prece da união, a prece do Senhor. O Glória é a prece da glorificação da Trindade Santíssima.”
As lágrimas de Maria Rosa Mística
O Cardeal Martini no livro “Maria e os afetos dos discípulos” nos escreve a respeito das lágrimas de N. Senhora de La Salette e Rosa Mística:
“Como podem os bem aventurados sofrer?
A bem aventurança é absoluta, enquanto o sofrimento é o lamento de quem foi ferido. O nosso Deus é um Deus crucificado. A sua felicidade não o impediu de temer, de gemer,de suar sangue no momento da agonia, de lamentar-se na cruz e sentir-se sozinho e abandonado.
O homem perdeu o sentido do pecado que leva ao arrependimento e a chorar, pensando que Deus é impassível, insensível às injúrias dos seus filhos, aos pecados e à ruína espiritual dos homens. Pelo contrário, nós adoramos o Senhor que é terno, compassivo e misericordioso. Ele entende o homem, assim como Maria vê o mistério presente na história, como Jesus, na cruz, ama e sofre por nós.
Temos que colher a sensibilidade espiritual de Deus, espelhada na Mãe de Misericórdia que chora.
Maria chora para nos admoestar e tornar-nos participantes de sua ação corredentora no mistério da cruz.”
D. Augusto Álvaro da Silva assim escreveu a respeito das lágrimas de Rosa Mística:
“Vejo essas lágrimas aqui renovadas e acrescidas com as lágrimas que choram de contrição de culpas ou de emoções de amor. Lágrimas que choram as culpas particulares, os pecados sociais, os crimes das famílias e também os crimes da nossa mesma pátria. Lágrimas também de não poder amar mais e melhor.”
Atendendo os pedidos da Mãe Santíssima, a Senhora Rosa Mística, rezemos devotamente o Santo Rosário e procuremos reparar as ofensas aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, Consagrando nossa vida e nosso trabalho a seu Imaculado Coração!