“Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: “Eles já não tem vinho.” Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou.” Disse, então, sua mãe aos serventes: “Fazei o que ele vos disser.”
Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus que continham cada qual duas ou três medidas. Jesus ordena-lhes: “Enchei as talhas de água.” Eles encheram-na até em cima. “Tirai, agora, disse-lhe Jesus, e levai aos chefe dos serventes.” E levaram. Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo e disse-lhe. “É costume servir primeiro o vinho bom e depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora.” Este foi o primeiro milagre de Jesus, realizou-o em Caná da Galiléia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
Meditando a Palavra
“Este início dos sinais, Jesus o fez em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.”
O evangelho de hoje nos ensina que Jesus ao proporcionar o seu vinho, manifestou a sua glória. Ele se sente glorificado, não pelos nossos louvores, mas pela felicidade das pessoas. Sim, a glória de Jesus está em nos ver felizes e bem alegres, fruto do seu vinho que alegra o coração e toda vida pessoal e comunitária.
Vejamos em Eclesiástico 31,33: “Que é a ida do homem a quem falta o vinho?” Ao transformar água em vinho Jesus exige uma total adesão à sua pessoa, pois ele é o vinho novo, ele é a alegria que faz a vida ser diferente. No tempo de Jesus o povo vivia triste, tinha substituído o amor por regras rígidas de convivência. Só Jesus veio e transformou tudo, ou seja apagou a imagem do Deus severo que devia ser temido, servido e respeitado.
Jesus rompeu com as cadeias insuportáveis que enredam, que causam intrigas e oprimem. Vejamos Mateus 11,28: “Vinde a mim vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei.” A religião verdadeira deve trazer alegria para o homem. Ao revelar sua glória e poder, Jesus dá aos discípulos o seu vinho, ou seja, a religião autêntica, a religião do amor. A religião que destrói todos os males e só transmite confiança e esperança. Quando Maria diz: “Fazei tudo o que ele vos disser”, está exigindo o cumprimento desta religião autêntica que faz cessar a inveja , o ódio e tudo o que aumenta o peso do fardo. É bom ouvir Maria e querer beber do vinho que só Jesus pode dar.
Senhor, não deixa faltar o vinho que nos dá alegria e abençoa a nossa vida e o nosso trabalho. Amém.
