“Digo-vos todo o que me reconhecer diante dos homens, também o Filho do homem o reconhecerá diante dos anjos de Deus; mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus. Todo aquele que tiver falado contra o Filho do homem obterá perdão, mas aquele que tiver blasfemado contra o Espírito Santo não alcançará perdão. Quando, porém, vos levarem às sinagogas, perante os magistrados e as autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de falar em vossa defesa, porque o Espírito Santo vos inspirará naquela hora o que deveis dizer.”

Meditando a Palavra:

“Não fiqueis preocupados como ou com o que vos defender, nem com o que dizer: pois o Espírito Santo vos ensinará naquele momento o que deveis dizer.”

O evangelho de hoje nos ensina que o discípulo não pode ficar preocupado com o que dizer ou defender-se. Isto porque o discurso de defesa baseia-se em meios humanos e se pode contradizer; mas a profecia é irrebatível. A única solução é eliminar o profeta. Jesus é o profeta por excelência: apesar de o terem eliminado, ele continua presente na comunidade que celebra o seu memorial na Eucaristia e continua movendo as mulheres e os homens e falando através deles. Quem se defende é porque tem medo de perder as próprias seguranças, porque se sente identificado com uma determinada estrutura.

É o ponto fraco por onde se podem perder e se reconduzir ao redil das falsas seguranças.

“O Espírito Santo vos ensinará naquele momento o que deveis dizer.”

Em At 26, 1-24 temos Paulo que pede para defender-se diante do rei. Depois de um longo discurso Festo exclama em alta voz: Estás louco Paulo; as muitas letras  fizeram-te perder a cabeça (vers 24). Precisamos lembrar das palavras do Senhor de que não podemos trocar a ação do Espírito por falsas seguranças.

Fica conosco Senhor  e dá-nos uma fé confiante para que nunca nos falte a assistência do Espírito que nos confirma na fé, na esperança e na caridade.